A Educação Patrimonial, uma prática voltada para a valorização do patrimônio histórico e cultural, vem sendo desenvolvida, inicialmente em ambientes de museus, mas, não restrita a este sendo ampliada para diversos outros espaços, em parceria ou não com escolas, no processo de sensibilização para a cultura material e imaterial e estudo do passado.

O dossiê Educação Patrimonial começa com o artigo “Para além da ilustração: o museu de história como lugar de reflexão sobre pluralidade cultural”, no qual Marcelo Leite discute as concepções de museu e as possibilidades como espaço de aprendizagem a partir de uma análise bibliográfica.

No texto “Palácio Tiradentes: experiência do ensino de história em espaços não formais”, Priscila Lopes d’Ávila Borges desenvolve seu texto a partir de experiências que tiveram lugar no Palácio Tiradentes, através de relatos das diversas atividades e oficinas para jovens estudantes neste espaço museal.

Em “Álbuns fotográficos sobre o patrimônio cultural no ensino de história: a mobilização da memória coletiva dos jovens”, José Valter Castro e Marizete Lucini, apresentam a elaboração de álbuns fotográficos a partir de fotografias trazidas pelos próprios estudantes, o que promove a sensibilização para a memória da comunidade local bem como a percepção do tempo e da própria agencia no tempo.

No artigo “Ipojuca: uma história revisitada e recontada através da pesquisa e educação patrimonial”, o autor, Eduardo Augusto Santana, leva a metodologia da educação patrimonial, através de um museu itinerante, para diferentes espaços da comunidade criando e recriando oficinas de educação patrimonial em parceria com os participantes.

Já Beatriz Moreira da Costa, no texto “A Cultural Material da Antiguidade como potencialidade para Ensino de História Antiga na Educação Básica”, desenvolve um relato sobre o projeto desenvolvido a partir dos princípios da valorização e análise de cultura material e educação patrimonial culminando com a produção de diversos materiais didáticos, interligados pela mesma temática.

Em sequencia, Isabela Tristão e Adriana Maria Paulo da Silva, fazem um relato de experiência, intitulado “História local e educação patrimonial: a experiência do pibid na escola estadual de Paulista” no qual apresenta práticas desenvolvidas no âmbito do Pibid, com a utilização de conceitos de educação patrimonial na valorização da história dos operários da localidade.

Por fim, Deiner Lucien Barilli, através de um relato de experiência, intitulado “O programa de educação patrimonial UFRGS-APERS e o ensino de temas controversos: considerações de um oficineiro” apresenta considerações sobre diversas facetas de suas experiências enfatizando a importância da sensibilização no processo de aprendizagem de temas controversos, bem como a dinâmica de funcionamento do programa analisado.

Os autores apresentados trazem para o leitor a vivacidade de práticas educativas suscitadas pela riqueza de possibilidades desenvolvidas através de reflexões e experiências embasadas pela Educação Patrimonial, seja em ambientes museais, seja em ambientes escolares, ou, em ambientes diversos que, de uma maneira ou de outra, promovem um processo de aprendizagem e sensibilização para a valorização da cultura material como fundamentais para a compreensão do passado.

 

Publicado: 2018-02-02